20 de janeiro de 2012

Sao Sebastião a Sul da Serra da Gardunha

Acreditando-se que, o mártir São Sebastião terá livrado a fonte de sustento das populações de várias localidades a Sul da Gardunha de uma praga de gafanhotos que assolara os campos a região no século XVIII, continua-se a agradecer em celebrações que misturam o religioso e o pagão.

Estes agradecimentos, iniciados com a Festa das Papas em Póvoa da Atalaia, repetem-se, durante o fim de semana seguinte a 20 de Janeiro, em diferentes freguesias do Sul da  Serra da Gardunha. Por estes dias oferecem, partilham e leiloam-se filhós ou cascoréis em Louriçal do Campo, Soalheira e no "bodo" em Lardosa. Também se honra o Santo mártir nos locais onde se ergueram capelas, como em Almaceda, Alpedrinha, Sobral do Campo ou Póvoa de Rio de Moinhos, entre outros lugares menos chegados à Serra.
É claro que estes feitos denotam uma importância peculiar reflectida na coexistência e semelhança das manifestações realizadas em sintonia nestas freguesias vizinhas.


Cestos de Filhós ou Cascoréis em celebração ao martir São Sebastião.
FOTO:Helder Carvalho Salvado

Momentos distintos com a mesma origem. Momentos de fé, num santo Sebastião, que poderão ter o dom (se não se perderem no "nevoeiro" como o rei "desejado") de criar desejo nos inúmeros "Sebastiões" que visitam estas aldeias. Visitantes atraídos por iguarias gastronómicas únicas, que se criam e recriam nas crenças, raízes e memórias seculares destas populações.

Memórias que fazem parte do imaginário colectivo das pessoas e que se revelam excelentes exemplos imateriais das tradições e da cultura local. Memórias que são contribuições significativas para a compreensão da identidade, da história e do património religioso e humano deste território.

Estas movimentações devem ser integradas e interligadas numa rede consertada que deverá posicioná-las noutras dimensões do território, funcionando como alavancas de desenvolvimento. Numa visão de "fé", sem "nevoeiros" ou "Sebastiões" com pretensões de comer tudo. Criando planos estratégicos focados naquilo que os "velhos" conceitos (recriados nestas manifestações e saberes locais) possam reflectir num crescimento sustentado e sustentável da região.


Hugo Landeiro Domingues

8 de janeiro de 2012

Apresentação dp Número 02 da revista Solstício

Apresentação da ediçao número 02 da revista Solstício - O sul da Serra da Gardunha de sol a sol, na biblioteca municipal de Castelo Branco.

22 de dezembro de 2011

SOLSTÍCIO 02
O Sul da Serra da Gardunha de Sol a Sol.

Depois da publicação dos números zero e um, apresentamos a nova edição número 2 da Revista Solstício faz uma recolha de conteúdos locais, associados ao património natural, construído e humano deste território. Diferentes visões, reflexões e sugestões da identidade e do imaginário da Serra da Gardunha e da sua envolvente nas suas diferentes dimensões de descoberta, dinamização, desenvolvimento e divulgação territorial.

Marcando o final de 2011 - Ano Internacional das Florestas, fazemos uma homenagem aos recursos da Gardunha, em temáticas que reflectem sobre a importância das árvores, dos cogumelos, da geologia e nas várias relações com história, a natureza e a cultura local, dos quais destacamos os artigos:

Mestre Barata Moura. Pintor de Interioridades.

Os Gigantes da Gardunha.

Cogumelos da Gardunha. Uma oferta dos Bosques.

Castelo Novo e Alpedrinha, esboço de uma relação.

Castelo Velho. O cruzar dos tempos.

A revista tem os apoios do I. P. J. e Municipios de Castelo Branco e do Fundão através da Agência Gardunha XXI além de outras empresas privadas do território.

Já podem adquirir o novo número da revista Solstício - O Sul da Serra da Gardunha de Sol a Sol na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, na Biblioteca Municipal do Fundão, na Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia da Soalheira, na Junta de Freguesia de São Vicente da Beira, entre outros locais a anunciar.